No mês das mulheres, Câmpus Tubarão debate participação feminina no mercado de TI Imprimir

MulheresnaTIGeorgia Peçanhuk tem 17 anos e cursa, no Câmpus Tubarão do IFSC, o curso técnico concomitante em Informática e o curso superior de Análise e Desenvolvimento de Sistemas. No técnico, é a única menina da turma. No superior, já tem outras quatro colegas. 

 

 

 

No IFSC, a aluna já fez trabalhos sobre a presença das mulheres no mercado de Tecnologia da Informação. Segundo seus estudos, o mercado costumava ser dividido entre homens e mulheres, mas ao longo do tempo o número de mulheres decaiu. “Um dos motivos para isso é a dificuldade que a mulher tem para conciliar a carreira com os cuidados com a família e com a casa”, relata Georgia. Apesar do cenário, ela é otimista quanto a uma reversão deste quadro. “Os especialistas dizem que o mercado é promissor para as mulheres, porque existem mais vagas para mulheres do que mulheres na área”, explica.   

 

 

Para discutir estes temas, entre alunos e alunas dos cursos da área de Tecnologia da Informação, o Câmpus Tubarão do IFSC realizou dois encontros nesta terça-feira (28), ainda na programação alusiva ao Dia Internacional da Mulher, celebrado no dia 8 de março. Para Georgia, é importante que o IFSC faça debates assim. “Mesmo dentro da escola, a gente ouve algumas coisas que não concorda”, afirma.   

 

 

Coordenadora do curso de Computação da Unisul, a professora Márcia Cargnin Martins Giraldi esteve no IFSC Tubarão para conversar com as turmas dos cursos técnicos em Informática e do curso superior em Análise de Sistemas. Graduada em Ciência da Computação pela UFSC, Márcia é especializada em Administração Pública e Informática pela UFSC, além de possuir mestrado em Ciência da Computação também pela UFSC.   

 

 

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A professora procurou questionar os motivos pelos quais há poucas mulheres no mercado de TI – segundo ela, as mulheres são 20% dos profissionais da área. Márcia lembrou que a primeira programadora de que se tem notícia foi uma mulher, a matemática inglesa Ada Lovace. Relatando sua trajetória profissional, Márcia disse que, nos anos 80, quando decidiu cursar Computação, havia mais mulheres nas turmas. E que, atualmente, as grandes empresas do setor possuem mulheres nos postos-chave.   

 

 

Se não faltam bons exemplos, por que haveria poucas mulheres no mercado de TI? Um dos motivos pode ser o preconceito, diz Márcia, problema que ela não enfrentou em sua carreira, embora reconheça que exista. Para ela, a chave está na mulher ter foco nos seus objetivos. “Se eu sofri preconceito, não fez diferença para o que eu queria na carreira. É importante ter foco, iniciativa e não desistir. Se temos certeza do que queremos, sabemos o que precisamos fazer”, diz a professora.