Até o final da década de 1960, o principal meio de transporte na região Sul do Estado era o trem que levava passageiros e cargas. Mas da antiga malha ferroviária, pouca coisa restou. Tanto é que entre as gerações mais novas, são poucos os que tiveram a oportunidade de andar de trem ou viram um funcionando. Para relembrar desse passado da região Sul do Estado, o Câmpus Tubarão convidou a museóloga Silvana Silva e o ferroviário aposentado José Martins para uma conversa com as alunas do curso Pronatec-Mulheres Mil de Jaguaruna e os alunos do Programa Adolescente Responsável durante a Semana dos Museus. A palestra foi realizada nesta quinta-feira (21) no Câmpus. “O Museu Ferroviário já existe há mais de 20 anos, mas há muitos moradores que ainda não o conhecem. O museu tem 14 locomotivas que já foram restauradas. Agora em maio começaremos a fazer os primeiros passeios turísticos de maria-fumaça”, explica a museóloga, Silvana Silva.
Além da experiência técnica da museóloga, o Câmpus convidou, para a conversa com os alunos, José Martins que é bisneto de ferroviários e, como seus antepassados, trabalhou mais de 20 anos como mecânico ferroviário. “Eu lembro do último trem que saiu de Tubarão para Criciúma. Isso era 1969. Hoje a gente vê como o trem faz falta, é só olhar os problemas que nós temos hoje com congestionamentos.”
Entre os adolescentes que ouviram a palestra, nenhum deles tinha andado de trem. “ Eu escuto algumas histórias de como era a ferrovia e tenho muita vontade de andar de maria-fumaça”, explica Samuel Rosenq de 15 anos.
Além da palestra, há uma exposição no câmpus em “homenagem aos mineiros” do artista plástico Valmor Cândido. Há replicas que lembram as primeiras locomotivas que circularam pela região.
Ainda durante a programação da Semana dos Museus, o Câmpus Tubarão apresentou trabalhos realizados pelas alunas do Pronatec Mulheres-Mil e pelos alunos do curso de Informática para Web. Os participantes foram convidados também a participar da trilha da vida, que é uma dinâmica de grupo em que as pessoas são vendados e precisam identificar uma série de objetos através do tato, olfato e audição.
A atividade da semana dos Museus, foi organiza pela bibliotecária do Câmpus, Maria Regina Andreatto. |